quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Um Fim de Semana Longo

Sempre gostei de ser rebelde. Apesar de ser administrador de uma empresa, os meus fins-de-semana são de dura adrenalina. Os fatos, as palavras educadas deixo em casa, pego na minha moto e sinto realmente os prazeres da vida. Esta história acontece numa concentração de motos:
Sexta-feira numa bela manhã de Agosto, chego ao local onde só existe uma lei… das motos. Sempre acompanhado por um grupo de amigos. Muito álcool e muito Rock. Já deviam ser umas 15 horas, quando reparo numa mulher ao meu lado no bar. Cabelo loiro, pele bronzeada… olhos azuis. Nesse momento:
- Olá...podias dizer-me as horas
Olho para ela e sem hesitação
- São 3 da tarde…mas agora, pergunto eu, posso saber como te chamas?
Reparo num sorriso malandro e uma voz doce
Rose….e o teu?
Carlos…muito prazer….posso pagar uma bebida?
E passamos assim o resto da tarde na conversa. Nem quis saber mais do pessoal que vinha comigo, nem ela do grupo. Até as tendas estavam no mesmo local. Tínhamos um trocar de olhar, de doidos…desejo. Cada um escondia esse olhar….nessa noite, teve um concerto dos The Cult…. Pura loucura existia ao som das músicas deles. Mas…quando começa a musicar Born To Be Wild….entro numa outra dimensão da loucura humana…aos saltos e com ela ao meu lado….sinto dentro de mim uma substância hemostática, querer beijar aquela mulher. Chegando o meu corpo ao dela……sentindo o desejo dela por mim….vou chegando a minha boca a dela…. 

No momento que tocamos, aquele espaço era só o nosso…deixei de ouvir a música, sentir o cheio do pó, o encostar das pessoas em mim, devido aos saltos da música. Meus lábios colados aos dela, sinto o seu sabor……uma sabor que não é salgado, semelhante ao do mel em forma de prazer. Ficamos assim… no barulho daquela música, entre nós só tinha sedução.
No dia seguinte, resolvemos ir dar uma volta de moto ate a praia. Cada um na sua moto …momentos de liberdade em partilha com a natureza. Na cessação de movimento, minha mente ainda tinha o sabor dela. Paramos numa praia… fiz de propósito, já conhecia aquela zona….é um lugar que poucos vão…por isso seria o ponto de observação ideal para ficar. Caminhamos um pouco ao longo da praia, sempre com o chamado, acto de parar, para tentar descobrir aquele sabor que sentia em cada beijo. Sentamos junto a umas árvores, e ficamos ali, na conversa. Mas queria mais…queria sentir com ela na passagem do presente para o desejo. Lentamente e muito subtil, começo a deslizar a mão pelo corpo dela, encontrar a forma ou o cálculo matemático do seu corpo. Caídos sobre um manto de substâncias granulosas, deixámos ir naquele momento onde a mente queria. Ouço numa voz muito baixa:
- Desliza a tua boca em mim Carlos…
Palavras magicas, senti um arrepio… uma sensação flutuante…mas aquele não seria o lugar, não seria ali que teria a minha passagem com ela. Repentinamente, levanto-me…estendo a mão para a puxar…e já em pé digo:
_ Não será aqui….anda…
Seguimos até um hotel, não muito longe do local onde estávamos. Já tinha ficado lá, uns meses atrás, numa daquelas reuniões chatas de trabalho. Desta vez, a minha entrada seria diferente…com outro espírito….
Boa tarde, tem quartos?
- Sim. Responde o recepcionista.
- Então pró favor, queria àquele que vocês têm no último piso com terraço.
-ok
Pronta resposta do rapaz, que não tirava os olhos da Rose.
Entramos no elevador, e nesse preciso momento começa a outra Historia
Sinto o olhar dela em mim, na boca…nos olhos e sem pedir licença, desfruto novamente o seu sabor. Saímos do elevador já meios desfraldados…como tuas crianças na hora do recreio. Aquele corredor com um pouco mais de 15 metros, passou a ter 150….num embater descontrolado contra as paredes…por fim o nosso quarto…porta 303.
Queria pegar na chave…não consegui…ela brincava com aquela situação…. Já dentro do quarto, paramos com aquele jogo de possuir força física. Tarde muito quente, com um perfume de encanto pairava naquele lugar.
-vem carlos…vem…aperta o meu corpo contra o teu...sente como eu estou quente
Encostado a parede, fechei os olhos e fiquei embriagado com tais palavras… caminhando como um cego, segui aquele caminha de olhos fechados… o meu guia era o aroma do seu corpo.
-beija-me……quero que me encoste contra a parede
Tais palavras novamente apanharam-me desprevenido, sei que sou malandro para tais coisas, mas não espera tal domínio, mas palavras dela. No conforto da parede sentindo o meu corpo colado ao dela, deixo deslizar a minha mão…. Minha boca segue os caminhos da mão…correndo sua boca…. Pescoço…voltando outra vez a sua boca, descubro aquele sabor….chocolate com Pimenta…este é o sabor dela.
-carlos...refresca tua sede em mim.
Pego nela. Suas pernas abraçam minhas ancas, e caminho para o terraço… sentimos um fresco que por breves momentos refrescou um pouco a nossa paixão. Mas durou pouco, breves momentos de uma pausa….corpos sem roupa, num sítio onde só o brilho do sol podia ver o espectáculo. Ao canto tinha uma piscina, de media dimensão. Caímos junto juntos dentro, corpos molhados, e sorrisos desdobrastes.
- Vem Carlos, vem
Nesse momento encosto-me a ela, bocas juntas, encruzilhada de mãos, exercendo uma pressão descomunal em seu corpo. Sinto um passar silencioso de sua mão pelo meu peito, em forma de remoinho…adorável sensação….sou empurrado para dentro da água, sinto uma confusão de sensações…desprezo…sedução e loucura, por aquele gesto.
Agarrando pelos braços, queria ser eu a dominar…começo a beijar sua boca….sempre com um friccionar leve dos corpos…sinto minha mão em níveis de altos e baixos naquela obra de arte que tinha nos braços. Minha língua escorregar brandamente pelo pescoço…sinto-to que Rose, estava a entrar num grau de uma potência parecido ao meu…continuei em buscar de outros sabores…a mão esquerda segura seus Braços, direita escoltava os movimentos da língua. Inverto o caminho que levava e volto outra vez para sua boca. Largo os punhos dela deixando assim de aplicar uma energia de controlo. Pegando-lhe pelas ancas e num movimento de 1,2,3, pouso sobre a saliência da piscina. Dentro de água, olho para seus olhos e reparo numa falta de ordem, o chamado descontrolo de olhares...lentamente deixo minhas mãos embargarem no seu corpo….numa viagem temporal….tento outra vez sentir o gosto da gustação daquele bronzeado. Língua declinava em direcção da grandeza dos seus seios…não uma grandeza de tamanho…mas tentação… de olhos fechados sinto os seus mamilos…num rodopiar de língua…exploro aquele lugar…sinto suas mãos no meu cabelo…movimentos de ternura…continuo naquela escalada, em mente só queria conhecer outros sabores. Entro naquele mundo de sabores novos…delicia o 1º contacto…tento desta vez saber qual seria aquele sabor… Rose agarra-me com força os cabelos…sinto mais prazer por estar naquele mundo…deixo-me embebedar por aquilo…tento conhecer cada recanto, centímetro, em conclusão…deixo-me naquela posição…sabia que lhe estava a satisfazer. Nesse momento sou obrigado a misturar o sabor de seu corpo com o sabor que já conhecia (boca). Tinha agora um conjunto de sabores diferentes, mas todos eram iguais a sensação que estava a sentir…Prazer….foi quando:
- Carlos...vem….
Meu olhar era um seguidor de sua boca, com um impulso….saiu da agua e fico do seu lado…nesse preciso momento ela, põe as mãos nos meus ombros e com uma força subtil, deixa-me cai sobre aquela pedra mármore….onde a união de substâncias diferentes na qual não se verifica ligação química entre elas, (agua, calor e o nosso prazer), tocaram minhas costas. Sinto o peso do seu corpo em mim…agarrando os meus braços deixa cair sua boca sobre a minha…Num esfregar para produzir mais prazer, começo a sentir seu domínio…devoradora…brutal…deixo me ir por aquela sensação de competência. Sentido um surribar de seu corpo, começo a entra cada vez mais em delírio… sua boca inicia a exploração do meu corpo….olhos fechados…só via prazer colado nos olhos…língua molhada e com sabor a chocolate com pimenta seguia cada fragmento de mim. O corpo começou arrepiar, sua boca fazia-me encher de fome…queria algo mais…quando ela chega ao ponto que tinha em mente. Fiz uma força tremenda, os punhos fecharam….a alma vagueavam naquele terraço. Abro os olhos e vejo ela com movimentos repetitivos…seus olhos fechados, sua mão em cima de meu peito com gestos circulares. Deixando que me alimentar aquele momento, Rose, lentamente começa a trepar sobre mim. Nesse momento, conheço outro sabor…de sua boca e meu corpo….juntos com o brilho da agua e os raios do sol ficamos ali… uma dois seres que pertence simultaneamente ao mesmo. Quando ouço o telemóvel:
- Sim…
- Então carlos? Que se passa…estas bem?
- Maravilhosamente bem….depois… falamos, guarda as minhas coisas.
Passamos o resto do fim-de-semana, repetindo a 2 Historia que começou no elevador, vezes sem conta.

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